Imagem: STR/AFP
Pyongyang, Coreia do Norte – Em um ato extremo de repressão, o líder norte-coreano Kim Jong-un teria ordenado a execução de 30 funcionários do governo por não preverem alagamentos que causaram destruição significativa no país. A informação foi divulgada por fontes internas, que preferiram manter o anonimato devido ao clima de medo e repressão que impera no regime.
Os alagamentos, que ocorreram no mês passado, resultaram em graves danos a infraestruturas e deixaram milhares de desabrigados. Segundo relatos, Kim Jong-un responsabilizou diretamente os funcionários do departamento meteorológico e de gestão de desastres pela falta de previsão e preparação adequada para o evento climático.
As imagens que chegam mostram um rastro de destruição muito parecido com o que ocorreu no Rio Grande do Sul, no início do ano.
A notícia das execuções gerou indignação e preocupação na comunidade internacional. Organizações de direitos humanos condenaram veementemente o ato, classificando-o como uma violação flagrante dos direitos humanos.
As supostas execuções, também relatadas pela TV Chosun no Sul, não foram verificadas de forma independente e a mídia estatal norte-coreana não fez menção a elas. A agência de espionagem da Coreia do Sul disse apenas que havia ‘detectado sinais’ de que execuções haviam ocorrido, sem fornecer detalhes.
“Cerca de 20 a 30 líderes foram acusados de corrupção e negligência no dever. Eles foram condenados à pena capital”, disse a TV Chosun, citando um oficial norte-coreano não identificado.
Enquanto isso, a população norte-coreana continua a enfrentar as consequências dos alagamentos, com muitas famílias ainda desabrigadas e sem acesso a recursos básicos. A ajuda internacional tem sido limitada devido às rígidas políticas de isolamento do país.
A execução dos 30 funcionários é mais um exemplo da brutalidade do regime de Kim Jong-un, que tem um histórico de repressão severa contra qualquer forma de dissidência ou falha percebida. A comunidade internacional continua a monitorar a situação de perto, enquanto apelos por sanções e intervenções humanitárias se intensificam.
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